Guerras Napoleónicas ou Guerras Napoleônicas é a designação do conflito armado que se estendeu de 1799 a 1815, opondo a quase totalidade das nações da Europa a Napoleão Bonaparte, herdeiro da Revolução Francesa e ditador militar.
Napoleão chegou ao poder como 1°Cônsul (1799) vindo a ser coroado imperador da França, em 1804, sob o título de Napoleão I. A partir de 1807 conduziu o governo sem atender aos Corpos Legislativos e com características autoritárias, imperiais e expansionistas. As guerras, a princípio localizadas como conflitos entre soberanos, tornaram-se guerras nacionais a partir da resistência popular de Espanha e Portugal (Guerra Peninsular) aos invasores napoleónicos. Com o apoio da Grã-Bretanha, as nações europeias, derrotadas em sucessivas coligações, acabaram por se impor a Napoleão na Batalha de Waterloo (1815).
Napoleão organizou uma enorme frota para atacar a Inglaterra, mas em Outubro de 1805 uma esquadra britânica comandada por Horácio Nelson destruiu uma força combinada franco-espanhola em Trafalgar, acabando com a ameaça francesa. Napoleão lançou os seus exércitos num ataque à Áustria, derrotando-a na Batalha de Austerlitz em Dezembro de 1805. No ano seguinte invadiu a Prússia e derrotou-a nas batalhas de Jena e Auerstadt. Em 1807 foi a vez dos Russos na batalha de Friedlândia. Em 1809, a Áustria voltou à luta, mas foi novamente derrotada e obrigada a fazer a paz. Na península Ibérica, em 1807, Napoleão atacou Portugal e, em 1808, a Espanha, nomeando o seu irmão José Bonaparte como rei de Espanha. Os povos ibéricos revoltaram-se e as tropas britânicas desembarcaram em Portugal. Napoleão forçou-as a uma retirada para a Corunha, no norte de Espanha. Arthur Wellesley, mais tarde duque de Wellington, tomou então o comando aliado na Guerra Peninsular. As Guerras Napoleónicas repercutiram no Brasil a partir da invasão da península Ibérica em 1807.
Com a chegada da Família Real portuguesa ao Brasil (1808), e a transferência da Administração para o Rio de Janeiro, o Príncipe Regente emite o Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas, assinando-se em seguida os tratados de 1810: o Tratado de Aliança e Amizade e o Tratado de Comércio e Navegação, com a Inglaterra, consolidando a ascendência daquela potência sobre Portugal e seus domínios ultramarinos. Em represália à ocupação do território de Portugal continental, as forças portuguesas invadem e ocupam a Guiana Francesa (1809-1817), e incorporam a Banda Oriental (atual Uruguai) no rio da Prata. Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de "Reino Unido a Portugal e Algarves", na entidade chamada Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Em março de 1815, Napoleão escapa da ilha de Elba e regressa à França. O rei francês, Luís XVIII, fugiu e Napoleão viu-se de novo no poder. Reuniu-se apressadamente um exército aliado, sob o comando de Wellington e do marechal prussiano Gebhard Leberecht von Blücher, que derrotou Napoleão na Bélgica, em Waterloo, em junho. Napoleão foi novamente exilado, agora para a ilha de Santa Helena, no Atlântico Sul, onde morreu em 1821.
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